CONTABILIDADE GERENCIAL - O QUE É? COMO UTILIZÁ-LA?
A contabilidade é uma ferramenta
indispensável para a gestão de negócios. De longa data, contadores,
administradores e responsáveis pela gestão de empresas se convenceram que
amplitude das informações contábeis vai além do simples cálculo de impostos e
atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e legais.
Contabilidade Gerencial, em
síntese, é a utilização dos registros e controles contábeis com o objetivo de
gerir uma entidade.
A gestão de
entidades é um processo complexo e amplo, que necessita de uma adequada
estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas.
Além do mais, o custo de manter
uma contabilidade completa (livros diário, razão, inventário, conciliações,
etc.) não é justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes
podem estar sendo desperdiçadas, quando a contabilidade é encarada como mera
burocracia para atendimento governamental.
Objetivamente, o custo médio de
uma contabilidade de empresa de pequeno porte (faturamento até R$ 120.000/mês) é
acima de R$ 600,00. Numa empresa de médio porte (faturamento até R$
1.000.000/mês) este custo vai a R$ 3.000,00 ou mais. Tais empresas precisam
aproveitar as informações geradas, pois obviamente este será um fator de
competitividade com seus concorrentes: a tomada de decisões com base em fatos
reais e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade.
A
contabilidade gerencial não “inventa” dados, mas lastreia-se na escrituração
regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio
empresarial.
Dentre as utilizações da
contabilidade, para fins gerenciais, destacam-se, entre outros:
1. Projeção do Fluxo de Caixa
2. Análise de Indicadores
3. Cálculo do Ponto de
Equilíbrio
4. Determinação de Custos
Padrões
5. Planejamento Tributário
6. Elaboração do Orçamento e
Controle Orçamentário
Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio empresarial.
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CONDIÇÕES
O primeiro passo para uma
contabilidade verdadeiramente gerencial, é que esta seja atualizada, conciliada
e mantida com respeito às boas técnicas contábeis.
Desta forma, pressupõe-se, entre
outros, que uma contabilidade para uso gerencial deva ter:
1. Contas
bancárias devidamente “fechadas” com os respectivos extratos, sendo as
diferenças demonstradas e que tais diferenças não afetem o resultado pelo regime
de competência. Admite-se, tão somente, as típicas “pendências” bancárias, como
cheques não compensados e pequenos valores de débitos e créditos a ajustar.
Valores expressivos, como débitos de juros e encargos sobre financiamentos,
devem estar contabilizados.
2. Provisões
de Férias e 13º Salário feitas mensalmente, com base em relatórios detalhados do
departamento de recursos humanos. A falta de provisão mensal distorce as
demonstrações contábeis, pois o regime de competência não é atendido.
3.
Depreciações, amortizações e exaustões, contabilizadas com base em controles do
patrimônio.
4. Registro
dos tributos gerados concomitantemente ao fato gerador, efetuando-se também a
Provisão do IRPJ e CSLL, conforme regime a que está sujeito a empresa (lucro
real, presumido ou arbitrado).
5. Nas
empresas que se dedicam às atividades imobiliárias, optar por contabilizar
custos orçados das obras. Outras atividades também exigirão técnicas contábeis
específicas, como as cooperativas e as instituições financeiras.
6. Receitas,
custos e despesas, reconhecidas pelo regime de competência, como detalhado
adiante.
O REGIME DE
COMPETÊNCIA CONTÁBIL
O
reconhecimento das receitas e gastos como bem escreve Júlio Zanluca autor do escrito. é um dos aspectos básicos da contabilidade
que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações
financeiras.
Sob o
método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são
reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido
recebidos ou pagos.
Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio empresarial.
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